Mullingar 5 de Janeiro de 2014.
Narrador POV
"As long as you lo lo lo lo lo lo la la la la la lo lo lo love me love..."
- Alô?.. Ah, oi Carry o que te levou a me acordar às 04:57 da manhã?! - Disse Niall coçando os olhos.
- NIALL!! PELO AMOR DE DEUS VOCÊ TEM QUE VIR AQUI EM CASA!!! - Dizia Carry desesperada no outro lado do telefone.
Carry POV
- O que você acha que foi isso? - Perguntou Niall.
- Ah Niall, sei lá. Você acha que eu te chamei por quê? - Resmunguei.
- Isso é tão estranho... Tinta vermelha no espelho...
- Espera! Isso é francês!! Mensagem subliminar! - Exclamei.
- Tem um dicionário aí?? - Perguntou Niall.
- Tem! - Dei um pulo. - Espera que eu vou pegar!
Corri pro quarto tropicando em tudo que tinha pela frente, corri pra cômoda e peguei um dicionário inglês/francês. Voltei correndo e vi Niall com a ponta de seu dedo indicador melado de vermelho.
- Isso não é tinta... - Olhou Niall com os olhos assustados.
- Ah Niall! Claro que não!
- Olha! - Ele melecou de sangue a parte de cima da minha mão esquerda.
- AH NIALL!! PARA! Você não sabe nem de quem é esse sangue. - Disse eu jogando o dicionário pra ele e pegando um guardanapo e limpando minha mão, na parte de cima, o dorso. Mas quando eu virei para olhar pra palma da minha mão, não fiquei muito feliz não. Vi um corte na palma da minha mão e fiquei apavorada.
- Que foi? - perguntou Niall.
- Minha... Minha mão... Tá... tá... tá... tá ...
- Tá arranhado o CD? - Perguntou Niall.
- TÁ CORTADA!! - Joguei o guardanapo na cara dele.
- O SANGUE É SEU???? - Perguntou ele.
- Não sei. - Eu disse ainda intacta olhando pra minha mão que eu abria e fechava.
- MAS É SANGUE E SUA MÃO...
- PARA DE ME APAVORAR NIALL!! - Gritei.
- É... Desculpa. Tá certa, não vou te apavorar não. Vamos ver o que está escrito... - Niall abriu o dicionário. - Qual a primeira palavra?
- Vous... - Eu disse.
- Vous é You... Então You... E a próxima??
- Allez...
- Allez é Will... Então You will... Qual a...
- AI MEU DEUS ESSE RECADO É PRA MIM??? EU VOU O QUÊ?? - Perguntei desesperada interrompendo Niall.
- Calma, eu estou aqui com você... Apenas diga a última palavra...
- Mourir... - Eu disse quase que com voz de choro e enquanto Niall procurava.
- Não estou achando... - Disse ele pra me angustiar mais ainda.
- AI MEU DEUS!!
- ACHEI! - Niall me interrompeu mas logo em seguida não fez uma cara muito boa.
- FALA NIALL!!! FALA! FALA!! FALA !! - Disse eu chegando perto do Niall sacolejando ele tão forte que fez o dicionario cair de suas mãos.
- Morrer... - Disse Niall com o único suspiro que conseguiu pra dizer isso.
- AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHH! - Gritei forte.
Niall POV
Meus pais não estavam em casa, levei Carry pra descansar no meu quarto. Saí de fininho deixando ela sozinha e fui encarar de frente aquela casa da escada que Carry subiu e levou uma pancada na cabeça.
Bati na porta da casa e por um minuto fiquei assustado ao ouvir aporta enferrujada se abrindo e um cara barbudo e branco saindo para fora.
- Oi... É.. Então... - Fiquei sem jeito porque ele não tinha cara de quem bateria em uma jovem.
- O que te trouxe aqui meu jovem? - Perguntou severo.
- Bom... Minha amiga foi acertada por uma pancada na cabeça... E eu queria... - Antes que pudesse terminar fui puxado para dentro daquela casa em imediato a porta foi fechada.
- Meu jovem, não seja amigo daquela moça. Você irá sofrer muito. - Disse o senhor entrando em seu escritório.
- Por que está dizendo isso?? Não posso abandona-la. Sinto que ela precisa de mim, senhor. - Eu disse o seguindo.
- E precisa... - Ele disse sentado-se em sua poltrona.
- Pois, então... - Eu disse também me sentando em uma cadeira a frente de sua mesa.
- Olha, você quer mesmo saber o motivo pelo qual mandei meus mordomos darem uma garrafada naquela garota?
- Da Carry...
- Sim, ela é amaldiçoada.
- O quê?
- Ela foi induzida ao intercâmbio porque ela está no caminho da morte.
- Sim, ela me disse que está em intercâmbio. Mas eu não entendo o porquê você está dizendo isso.
- A casa que ela está... É uma casa amaldiçoada. Até a segunda garota que foi pra lá, eu ainda fiz amizade.
- Como assim??
- A casa faz muito tempo. Eu era jovem, como você. E conheci uma menina linda. Ela era da Austrália, me apeguei muito a ela. Quando certa vez, ela começou a mudar o jeito dela, parecia assustada, apreensiva... Mas ela nunca me contava o porquê. Eu gostava muito dela, mas não vamos esquecer o fato de que ela nunca me tratou bem... Seu nome era Diana Marie, sempre durona, nunca se apaixonava por ninguém. Até que um dia eu fui visita-la naquela mesma casa. Era o último dia de seu intercâmbio, ela estaria partindo para Austrália logo à tarde, se eu não a tivesse encontrado deitada no chão ensanguentada, com o rosto deformado... Enfim, te pouparei dos detalhes. Achei o diário ela e me limitei para não ler, ela não iria gostar. Saí daquela casa onde ninguém foi buscar seu corpo. Primeiro que a casa não é localizada por GPS nem mapas...
- Meu... Meu Deus.... - Eu dizia sem palavras ao ouvir tudo aquilo.
- Continuando... Eu nunca soube do que aconteceu com seu corpo. Um mês depois veio uma nova visitante. Fazendo intercâmbio. Essa era Dulce Dominique, francesa. Não nos vimos muito, nem nos falamos. Nos últimos dois meses que ela passava aqui eu ainda comecei a falar com ela, parecia que meu trauma estava passando. Até que aconteceu a mesma coisa com ela... Ela morreu e eu peguei o seu diário. Desde então, eu moro aqui a muito tempo, igual aquela casa. Sempre vem meninas assim, o governo sempre acha que é uma casa normal, mas... Mas não é e nunca será.
- Não sei nem o que dizer... - Eu disse me achando um trouxa por estar dizendo isso.
- Venha aqui, olhe... - O senhor me levou até um gigantesco armário.
Com um passo de mágica apenas apertando em um botãozinho, a porta deslizou-se para o lado, abrindo o armário. E tinham milhares de diários enfileirados lá dentro. Olhei boquiaberto.
- Eu pego o diário de todas. E a pancada na Carry e para afasta-la, porque ela não é uma boa influencia pro meu neto Jake. Essas meninas são como sereias, encantam a qualquer um. Carry tem diário?
- N-Não... Não sei... Vou procurar saber.
- Tudo bem... - Disse o senhor caminhando até a porta. - Agora você não tem nada mais pra fazer aqui pode ir embora e não ouse contar nada para Carry. - O senhor disse dando ênfase em "Não conte nada para Carry". Eu até me assustei.
- Tudo bem, é... Teria um jeito de desfazer a maldição??
- Ah, bem lembrado... Claro que tem. Toda maldição tem. Mas como te disse Diana Marie não era de se apaixonar, era durona. Para desfazer a maldição é apenas com um amor verdadeiro. No qual nem Diana, nem Dulce, nem nenhuma das meninas tiveram. Agora pode ir. - Disse o senhor abrindo a porta.
- Tudo bem... Adeus.
Saí daquele lugar assustado. Lembrei-me de que Carry estaria dormindo em minha cama ainda. Corri até em casa, abri a porta de casa, abri a porta da sala, abri a porta do meu quarto... CADÊ A CARRY?????
Wolverhampton 5 de Janeiro de 2014.
Liam POV
Acordei em uma sala vazia, estava escuro, havia apenas o reflexo de uma pequena janela. Eu estava me sentindo... Quer dizer, eu não estava me sentindo.
Ouvi o barulho da porta se abrindo, era Jasmyn.
- Ah... você acordou! - Disse ela.
- Ah a falsa chegou! - Completei.
- Eu não sou falsa, eu sou má! - Disse ela batendo a porta. - Não tenho dó de ninguém e só penso em mim mesma.
- Percebi. Se eu ao menos soubesse disso eu... - Tentei mas fui interrompido por Jasmyn.
- Você o quê?! Não havia nada que você poderia fazer!
- Se eu ao menos soubesse... - Ela me interrompeu novamente.
- Mas não sabia!
- Devia ter escutado meu avó...
- Ah você está morto! Não precisa mais se preocupar com isso! - Disse ela com a maior cara de pau. - Agora saia da minha casa!
- Sua casa?? Desde quando?
- Desde quando você morreu, ontem. Cai fora.
- E a Del Glace??? - Perguntei.
- Ah boa ideia. - Jasmyn saiu do quarto voltando com Del Glace. - Vamos lá minha mãe, minha serva...
- Eu já pedi descul... - Tentou Del Glace
- DESCULPAS POR MATAR SUA PRÓPRIA FILHA?? AHH GÊNIAL!! - Disse Jasmyn fazendo Del Glace abaixar a cabeça. - Agora fala o que eu te ordenei!
- Liam saia da aqui. - Del Glace disse bem baixo.
- Liam, quando você é um morto, você entra em uma casa na hora que você quiser mas o dono da casa, apenas o dono pode te tirar apenas com uma voz DE ORDEM e não uma voz de choro. - Jasmyn deu ênfase no "ORDEM" olhando pra Del Glace.
- LIAM SAIA DAQUI!!!! - Disse Del Glace com raiva de Jasmyn.
Eu senti algo estranho, minha vista embaçou, escureceu e quando pude ver algo estava do lado de fora da casa, após o portão. Comecei a chorar, estava queimando por dentro de mim, invés de um coração eu tinha uma chama... não sei... mas mais parecia uma chama. Queimava intensamente me fazendo curvar no chão. com a mão no peito e a cabeça encostada na grama. Até que me lembrei que eu corpo estava dentro daquela casa. Ai meu Deus!! Preciso de ajuda... Ai não! Meu avó.... PRECISO IR PARA CASA!!!
Andei pelas ruas e isso era tão estranho... As pessoas me ignoravam, obviamente, claro. Elas não estavam me vendo. Eu estava morto.
Londres, 5 de janeiro de 2014
Harry POV
Bom, consegui um emprego. Jogar não era muito minha praia mas eu sou um bom goleiro. Então eu substituí o goleiro do time do Louis e o goleiro substituiu o falecido Jack. Mas ainda era mais um dia sem o amor da minha vida, eu não sei o que fazer, eu realmente não sei o que fazer.
- Bom dia! - Disse Louis alegre.
- Bom dia...
- Cara, eu adorei te conhecer. Sério! E o jogo de ontem foi incrível! Você tinha que ver o jeito que você agarrava. - Dizia Louis todo empolgado.
- Pois é.. - Sorri com o nariz.
- Está tudo bem com você?
- Sim... - Menti e o silêncio tomou conta por uns vinte segundos. - Quer dizer, não.
- Por quê? - Perguntou Louis sentando na poltrona da frente.
- Porque eu perdi minha namorada em um acidente de carro...
- Oh... Eu sinto muito Harry...
- E antes eu tinha tido uma discussão feia com ela... Ela estava bêbada e eu disse coisas que a fez voltar sozinha pra casa ao volante, no meu carro... Me sinto culpado.
- Oh Harry... Não é culpa sua. Quando qualquer coisa é pra acontecer, acontece de toda forma, poderia ter sido após uma discussão de vocês, ou não. - Louis disse tentando me acalmar.
- É... Tem razão, mas eu sinto muita falta dela. - Coloquei as mãos no rosto e segurei o choro até que senti minha touca sair da minha cabeça.
- Cadê touca do Harry?! - Disse Louis com um sorriso malicioso estampado perto da janela ameaçando jogar minha touca.
- Ah não! - Eu disse começando a rir. - Minha touca preferida não vai ser jogada do oitavo andar de um prédio.
- Ops. - Louis soltou a touca. - Caiu.
- AAAHHHH LOUIS VOCÊ VAI VER!! - Eu gritei pulando o sofá pra ir pra cima dele e ele caiu na gargalhada ao mesmo tempo que corria de mim.
- Vamos ver quem chega lá em baixo primeiro?! Eu fico com as escadas. - Disse Louis abrindo a porta e saindo, enquanto eu corria pro elevador mais próximo.
Eu tava fodido, o Louis é ótimo de corrida e essa porra de elevador não está querendo abrir. Levou uns trinta segundos e abriu. Estava vazio.
Eu entrei no elevador, onde tinha um espelho e resolvi olhar como estava meu cabelo. Porque quando tira a touca já viu. Fechei os olhos sacudi o cabelo e sentir o elevador parar. Abri os olhos pra ver o que estava acontecendo e dei um pulo de susto ao ver no espelho uma menininha, dos cabelos longos e pretos, usava uma blusa regata rosa, calças pretas e uma sapatilha da mesma cor da blusa. Vendo no espelho que ela estava atrás de mim, me limitei em olhar para trás.
- Me ajuda, por favor. - Dizia a menina com uma voz de criancinha.
- Ajudar? Em que? - Perguntei ainda nervoso, senti minha voz tremer.
- Você tem medo de mim? - Perguntou ela.
- Não... Quer dizer.. Sim, mas você é só uma miragem no espelho... - Ela me interrompeu gritando.
Tapei meus ouvidos e o grito dela começou a arder na minha cabeça, ardia muito, como pimenta na língua, senti minha cabeça queimar.
- VAI EMBORA! - Gritei e dei uns cinco segundos e virei para trás.
- TARAM! - Disse Louis impulsivo com um sorriso enorme no rosto de orelha a orelha, com minha touca na mão, enquanto eu dava um pulo pra fora do elevador.
- Eu nunca mais quero pegar elevador. - Eu disse pegando minha touca da mão do Louis.
- Por que?
- Nada demais, trauma de infância. - Disso sorrindo.
- Ah, então tudo bem. - Disse Louis rindo pelo nariz.
- Então... - Comecei eu. - Vamos pelas escadas?
- Ok.
Bradford, 5 de janeiro de 2014
Zayn POV
Acordei, tomei café e sai correndo atrasado para poder chegar na hora certa na escola. Droga. Perdi o remanejamento automático, agora preciso ficar correndo atrás de vaga. Já são 12:19AM e a escola fecha às 1:00PM nas férias. Ah, eu mereço isso mesmo.
No caminho, vi Lotie andando na mesma direção que eu, então tratei de apressar os passos e acompanha-la.
- Olá! - Disse chegando ao lado dela.
- Oi... É... Zack?
- Não... - Sorri de canto. - Sou Zayn.
- Ah, diferente.
- O quê? - Perguntei e ela sorriu me olhando torto.
- Seu nome.
- Ah sim sim... Meu nome. - Eu disse e ri.
- Pra onde está indo? - Perguntou Lotie.
- Para o colégio aqui da rua de trás e você?
- Também. Quero me matricular lá.
- Ah! Que ótimo, agora vamos nos conhecer melhor. - Disse eu.
- Pois é.
Chegamos na escola e a secretaria estava fechada corremos pro outro lado do corredor, onde o cara que ficava lá estava trancando a porta.
- Moço por favor! - Disse Lotie.
- Nós podemos conversar com você? - Perguntei.
- Eu já estava saindo... Mas tudo bem porque meu horário de sair é mais tarde. Por favor entrem.
Entramos na secretaria, lá não tinha nada demais, só um monte de papéis e coisas do tipo.
- Bom, queremos saber se tem vaga para de manhã. - Perguntou Lotie.
- Bom, temos sim. Sorte de vocês. Tenho três vagas sobrando.
- Eba! - Disse eu enquanto o cara pegava um monte de papel empilhado que deviam ser fichas escolares e separava alguns.
- Bom, muitos alunos saíram da escola, perderam a vaga, ou por outro motivo. - Disse ele separando umas fichas. - Vocês estão com a ficha de vocês aí?
- Estamos!
- Então podem me dar... - Entregamos a ficha pra ele.
Ele tirou uma ficha do monte e colocou Lotie no lugar. E tirou outra ficha pra colocar a minha... Espera... Eu vi direito ou eu to alucinando??! A ficha que ele acabara de tirar era de Angel Shayler.
- Pronto. Estão matriculados. - Disse o moço devolvendo alguns papeis que tirou da nossa ficha. - Esses ficam com vocês. - Completou. - Agora vamos.
Saímos da secretaria e eu ainda estava meio intacto.
- Muito obrigada. - Disse Lotie.
- De nada. Bem vindos à nova escola.
Eu sai andando junto com a Lotie, que do nada resolveu se soltar e tagarelar sobre o tanto que estava animada sobre a nova escola. Mas eu ainda estava tão concentrado no que eu vi lá na sala da secretaria que eu nem tava dando muita atenção.
- Zayn? ZAYN VOCÊ ESTÁ ME OUVINDO???? - Lotie gritou, chamando atenção de todos na rua.
- Ah.. Sim. Estou sim, desculpa.
- O que aconteceu? Você está pálido. Seus olhos estão assustados desde que saímos lá da secretaria. O que aconteceu?
- Nada de mais, Lotie. Nada de mais... Então, continue contando sobre o que você estava falando.
Despistei Lotie e continuei pensando sobre como pegar aquela ficha de Angel. E também sobre... se o cara separou a ficha dela e colocou a minha no lugar é porque ela não estuda mais lá, mas eu estou indo estudar na escola que a Angel estudou... Não acredito...
Continua...
No mês de dezembro não deu tempo de postar dois capítulos. Mas geralmente eu posto dois capítulos por mês. Se puderem comentar, comentem, se está bom ou ruim, falem. Muito obrigada. :)
